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O setor têxtil desempenha um papel fundamental para a região do Vale do Itajaí, mas no decorrer dos anos, diversas empresas do setor estão passando por instabilidade financeira e, visando o seu desenvolvimento, a análise das demonstrações contábeis torna-se uma ferramenta essencial ao aperfeiçoamento dos aspectos financeiros em todos os níveis da organização. Por esta razão, o estudo teve como principal objetivo avaliar os fatores que levaram a Recuperação Judicial da TEKA – Tecelagem Kuehnrich S.A e, para alcançar o objetivo proposto, buscou-se analisar balanços patrimoniais e demonstrativos de resultado do exercício entre 1994 e 2018, apontar possíveis influencias de ambientes interno e externo nos resultados da organização e identificar o período em
que iniciou sua queda operacional e financeira. Para compor a fundamentação teórica, aprofundou-se nas demonstrações contábeis, as quais, são relatórios em que apresentam informações sobre o patrimônio da entidade (ASSAF NETO 2010; IUDÍCIBUS, 2010) e, análise das demonstrações financeiras, que demonstra o que ocorreu com a organização e possibilita melhorar o seu desempenho operacional (IUDÍCIBUS, 2010). Este estudo contou com uma tipologia aplicada, a abordagem se deu por meio de uma pesquisa quantitativa e, do ponto de vista dos objetivos e fins, foi do tipo descritiva e explicativa. Os procedimentos técnicos/meios contaram com uma pesquisa bibliográfica e documental
através da técnica de análise de conteúdo. A população do estudo foi uma indústria têxtil de Blumenau (SC) e a amostragem refere-se ao período de 25 anos utilizado para a análise de dados. Entre os principais resultados, a análise dos índices financeiros apontou que a TEKA passou por momentos de instabilidade financeira desde o início da análise e torna-se cada vez menos rentável. Já entre as possíveis influências de ambientes interno e externos nos resultados da companhia, vale ressaltar, as crises cambiais de 1999 e 2002, a dificuldade de obtenção de crédito em 2003, a crise do subprime em 2008, aumento no preço do algodão em 2011 e o pior biênio da história econômica do pais em 2015 e 2016. Por outro lado, o Plano Real em 1994 e os crescimentos econômicos entre 2010 e 2018 chamam a atenção de forma positiva. E por fim, compreendeu-se que o período que iniciou a queda operacional e financeira da empresa foi em 2003, por consequência da alta do dólar no ano anterior. Considerando,
portanto, que o trabalho contribuiu com a empresa em estudo e com as demais instituições da região que poderão usufruir da pesquisa a fim de evitar situações semelhantes e assim, contribuir com o crescimento e desenvolvimento regional. |
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