O planejamento de trilhas ecológicas como facilitador da gestão ambiental no turismo de Garopaba e Imbituba (SC), Brasil: com ênfase na implementação da trilha de longo curso caminhos da baleia franca

Abstract

Imbituba e Garopaba são cidades circunvizinhas localizadas no litoral centro-sul do Estado de Santa Catarina (Brasil) e e ficam, respectivamente, a 94Km e 77Km de distância da capital Florianópolis. As trilhas e caminhos ali existentes apresentam uma geodiversidade que passa por dunas, morros, lagunas, promontórios, ilhas, costões rochosos e banhados. Dentro dos biomas Mata Atlântica e Marinho Costeiro, a vegetação possui grandes áreas de floresta ombrófila densa e de restinga. A biodiversidade abriga espécies de fauna e flora, inclusive, algumas delas ameaçadas de extinção, tais como o Butiá (Butia catarinensis) e a Baleia Franca Austral (Eubalaena australis). O turismo é um dos principais geradores de renda da região e, nos últimos anos, pode-se destacar o ecoturismo e o turismo ecológico. Em função disso, desenvolveu-se uma proposta que teve como objetivo geral, apresentar um diagnóstico preliminar das trilhas de Garopaba e Imbituba, como suporte ao planejamento para o uso turístico sustentável, bem como para o uso público na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, que constitui-se como uma Unidade de Conservação Federal sob gestão do Instituto Federal de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O estudo, de natureza aplicada, teve como procedimento a pesquisa de campo e apresentou as seguintes etapas: entrevistas direcionadas à avaliação das trilhas locais, o mapeamento, proposta de sinalização (com a adoção do padrão nacional da Rede Brasileira de Trilhas), além da caracterização de áreas a serem manejadas a partir de um estudo de caso. Os resultados apontaram que, apesar da comunidade reconhecer a importância da sua implementação no sentido da conservação da natureza, do ecoturismo e do turismo de base comunitária, há necessidade de maior discussão e esclarecimentos quanto às trilhas locais e a implementação da Trilha de Longo Curso. Além disso, necessita-se um planejamento específico quanto aos locais que abrigam espécies endêmicas e quanto aos aparatos de sinalização. Ainda foi apresentado um levantamento descritivo para manejo da Trilha Rosa-Luz e seus “ramais”.