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No setor metalúrgico, a utilização de aços com baixos teores de carbono e de elementos de liga é muito difundida por proporcionar variadas aplicações de interesse na engenharia. Este fato deve-se à grande versatilidade destes materiais, que apresentam excelentes propriedades tecnológicas (usinabilidade, conformabilidade e soldabilidade, por exemplo) aliadas a um baixo custo. O emprego de processos de soldagem compreende grande parte da fabricação de componentes com tais materiais. No entanto, como para qualquer material soldado, o calor gerado durante o processo afeta a sua microestrutura, não só na região onde ocorre a fusão, mas também em regiões não fundidas, denominadas de zonas termicamente afetadas (ZTA). Em materiais metálicos, estas mudanças microestruturais impactam nas características mecânicas e podem interferir na aplicação em que a junta seria submetida. Para evitar problemas decorrentes desta transformação indesejável algumas técnicas são recomendadas, como tratamentos pós soldagem, visando recuperação microestrutural, ou aquecimento da peça antes do processo, visando a redução dos ciclos térmicos gerados. O conhecimento e domínio dos ciclos térmicos à que as peças são submetidas durante a soldagem, propicia melhor controle sobre o resultado final da junta. Com este intuito, o presente trabalho teve como objetivo a avaliação da influência do preaquecimento da peça e do sentido de soldagem na microestrutura e nas propriedades mecânicas de juntas soldadas com o aço ABNT 1020. Para isto foram realizados procedimentos, através do processo TIG alimentado, sem preaquecimento e com preaquecimento em três temperaturas distintas, variandose, também, o sentido de soldagem. As análises da variação microestrutural e das propriedades mecânicas foram realizadas através de microscopia óptica, ensaio de dureza Vickers e ensaio de resistência à tração. Como resultado percebeu-se que a utilização de preaquecimento resulta em mudanças na microestrutura do aço, porém não produz alteração significativa nas propriedades mecânicas. Do mesmo modo o sentido de soldagem não gerou efeito nas propriedades e microestrutura do material, sugerindo que o ciclo térmico de soldagem, nas condições estudadas, é governado, principalmente, pelo aporte térmico utilizado. |
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