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A gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tem relação direta com o aquecimento global, pois possibilita a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) oriundos da decomposição dos resíduos em sua destinação final, além do reaproveitamento dos materiais, o que permite redução da exploração de matérias primas, evitando gasto de energia e, consequentemente, geração de GEE associada aos processos de produção, minimizando desta forma, direta ou indiretamente, a emissão de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. Este estudo tem por objetivo analisar a emissão de GEE de RSU por meio de ferramentas de Análise de Ciclo de Vida (ACV) nos processos de valorização dos resíduos no município de Florianópolis – SC, propondo alternativas tecnológicas para a gestão dos RSU do município de Florianópolis-SC, utilizando a ACV para quantificar as emissões atuais de GEE. Os cenários contemplam a valorização dos
resíduos por meio de compostagem, biodigestores anaeróbios, reciclagem, geração
de energia e disposição em aterro sanitário. Foram estabelecidos 5 cenários com
percentuais distintos da combinação destas tecnologias. As emissões de GEE de
cada cenário foram modeladas por meio do software Waste Reduction Model
(WARM). Os resíduos foram categorizados considerando a gravimetria dos RSU no
município, estabelecendo um cenário base para comparação com os cenários
propostos, quantificando assim a redução de GEE. A partir dos valores obtidos foi
realizada a projeção do impacto das emissões na temperatura, de modo a estimar
como as tecnologias propostas nos cenários influenciariam esta variável. Os resultados demonstraram os benefícios ambientais com a inclusão de novas alternativas, proporcionando aos gestores uma ferramenta que estabelece qual a configuração ambientalmente mais adequada a ser adotada em termos de redução de GEE. Observou-se que a pior opção neste sentido foi o encaminhamento ao aterro sanitário. Concluiu-se que a ordem de prioridade deve observar a separação em três frações: recicláveis, orgânicos e rejeitos, sendo que a primeira fração demonstrou ser a mais significativa. Quanto aos tratamentos, contatou-se a seguinte ordem: reciclagem, compostagem, digestão anaeróbia, incineração com geração de energia e aterro sanitário. A metodologia de AVC na gestão de RSU se apresentou como uma ferramenta eficiente, quantificando os benefícios ambientais esperados para tratamentos que buscassem a recuperação energética dos 5 resíduos. Por fim, possibilitou a publicação dos resultados, por meio de produto tecnológico, que o município está alcançando em tempo real na página web
Prefeitura Municipal de Florianópolis, demonstrando o quanto de GEE está deixando de ser emitido por meio das ações de valorização de resíduos atualmente implementadas no Município. |
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