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Os Sistemas Frontais (SFs) atuantes no sul e centro-sul da América do Sul (AS) se caracterizam como causadores de eventos de médio e alto impacto. Este trabalho objetiva avaliar os efeitos da passagem de frentes frias (FF) por estas regiões por meio de um método automatizado de detecção. Nesta região se delimitaram 10 áreas, sendo 5 litorâneas e 5 continentais. Como procedimento metodológico, desenvolveu-se um algoritmo computacional, denominado de Índice de Detecção de Frentes Frias (IFF), para detecção e caracterização das FFs por meio dos dados da reanálise do CFSR e CFSRv2, a cada 6 horas, da componente meridional do vento a 10 m e da temperatura do ar a 2 m. O IFF normalizado possibilitou avaliar a taxa de detecção e a intensidade de cada FF
entre 1991 e 2020. A taxa de detecção adequou-se em 17%, considerado como o
percentual mínimo do IFF que representasse a atuação de uma FF. O algoritmo,
denominado de método objetivo (MOBJ), foi validado da seguinte maneira: a partir de 51 casos pré-selecionados de FFs que impactaram a região que compreende o Estado de Santa Catarina e arredores (AL4) entre 2015 e 2020, denominado de método servacional (MOBS) e pela comparação com as FFs catalogadas do Boletim Climanálise (MCLN) de 1996 a 2013. Os principais resultados mostram que: (1) o MOBJ se apresenta coerente na representação dos 51 casos e com as FFs do MCLN; (2) a climatologia de FFs apresenta uma frequência média anual em torno de 70 sistemas; na variabilidade sazonal verifica-se uma maior frequência no inverno, onde esses sistemas são mais intensos, com uma média de 20 FFs por ano; os padrões de deslocamento e intensidade mostram a diminuição de FFs conforme estas avançam em direção à latitudes menores e a maior frequência mensal de FFs ocorre entre junho e novembro. E por fim, com o modelo conceitual construído, classificou-se 4 principais trajetórias das FFs denominadas de oceânicas, litorâneas-oceânicas, continentais-litorâneas e as continentais. |
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