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Este tema de pesquisa do presente trabalho, surgiu por meio de uma aula da
unidade curricular de Libras, que faz parte do curso de graduação em Licenciatura
em Física do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) campus Jaraguá do
Sul-Centro, onde foi proposto como atividade pela professora, criar uma plano de
aula que fosse inclusivo para uma sala de aula com alunos surdos. Ali me deparei
com a dificuldade que eu não sabia que tinha, em entender como poderia
desenvolver um plano de aula que pudesse suprir com as necessidades de um
aprendizado significativo em uma aula inclusiva, ou mesmo de como adaptar
materiais para usar como ferramenta de ensino. Mesmo tendo a Libras como uma
unidade curricular obrigatória dentro dos cursos de formação de professores,
estabelecido pelo decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005, mesmo tendo este
decreto nota-se uma porcentagem ao longo do curso de formação muito maior do
aprendizado em língua homogênea, o português para ouvistes, do que um ensino
bilíngue. Referente a isso, os objetivos buscados nesta pesquisa de modo geral
foram encontrar estratégias ou modos de se adaptar materiais didáticos de Física
para alunos surdos, e dentro desse mesmo objetivo geral, trazer outros objetivos
específicos como a importância do papel do intérprete educacional dentro de sala
de aula, as dificuldades do ensino de física para alunos surdos e o papel do
professor e do intérprete nas adaptações desses materiais didáticos. Como
metodologia empregada, seguindo o método de pesquisa qualitativa e usando como
ferramenta de coleta de dados entrevistas semi estruturadas, foi criado um roteiro
de perguntas que visavam cumprir com os objetivos estabelecidos. As entrevistas
foram feitas com oito intérpretes que trabalham ou trabalhavam no Ensino Médio,
tendo em vista suas perspectivas em relação às experiências vividas tanto como
profissional da área, como quanto com o ensino de física para surdos, a relação
com os professores e o material adaptado. As análises e discussões das respostas
mostram, que o material adaptado devem ter como ponto principal ser visual, pois o
surdo tem muito mais êxito no ensino-aprendizado quando se é mostrado na prática
o conteúdo, com fotos, desenhos, vídeos, experiências em laboratório, em que a
prática precisa ficar a frente da teoria, ao contrário do que aprendemos nos cursos
de formação. Outro ponto principal analisado é que precisa-se ter uma parceria em
sala de aula entre o professor e o intérprete em buscar estratégias de inclusão, pois
dentro do relatado nos dados coletados, percebeu-se que quando o professor e o
intérprete trabalham juntos em prol de um objetivo único, o de promover o
conhecimento para o surdo, se tinha um total aproveitamento das aulas e em
consequência disso o surdo aprende muito mais. |
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