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As mudanças climáticas têm se intensificado nas últimas décadas em virtude do
aumento da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes,
principalmente, de atividades antrópicas. O setor de transporte é um dos responsáveis
pelo aumento destas concentrações em virtude da queima incompleta de
combustíveis fósseis na utilização dos diferentes modais, como o rodoviário e
ferroviário. No entanto, a importância destes para o escoamento da produção
brasileira, importação de produtos, bem como demais necessidades humanas e o
desenvolvimento é evidente. Diante disso, o presente estudo analisou os impactos da
emissão de GEE dos sistemas modais rodoviário e ferroviário na rota de cargas
portuárias no Estado de Santa Catarina. Para tanto, foram utilizados dados de
movimentação para os portos catarinenses, para os modais rodoviário e ferroviário,
referente ao ano de 2020 e analisados por meio da utilização da ferramenta do
Protocolo Brasileiro de Gases de Efeito Estufa - GHG Protocol, na versão 2022, bem
como o modelo WRF-Chem. Por meio da ferramenta GHG Protocol foram analisados
os dados base e outros cinco cenários, com diferentes incrementos que incentivam a
ampliação do uso de ferroviárias como estratégia na redução de emissões. Como
resultados, observou-se menores emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2e)
quando utilizado o modal ferroviário, em comparação com o rodoviário, se comparado
o cenário 5 com o atual, ocorrendo uma redução de 43% nas emissões de GEE. O
setor alimentar foi o que apresentou maior representatividade em todos os cenários,
com emissão de 217.009,92 tCO2e no cenário atual, seguido pelo setor de máquinas,
aparelhos e materiais elétricos com 60.315,08 tCO2e, de máquinas e equipamentos
com 58.449,66 tCO2e e de madeira com 3.264.078,89 tCO2e. Em relação ao WRF-
Chem foi possível observar a emissão e dispersão da concentração de CO2 ao longo
do Estado de Santa Catarina, considerando o cenário atual. Com o resultado da
simulação foi possível observar que as regiões litorânea, médio vale do Itajaí e oeste
possuem maior predominância de emissão. Em relação a concentração de CO2 foi
possível observar que o período noturno foi o que apresentou maiores concentrações,
em virtude da Camada Limite Noturna (CLN). Tais constatações deixam claro a
importância de incentivar o planejamento estratégico e investimentos para promover
a intermodalidade e otimizar a eficiência logística em Santa Catarina, através da
diversificação da matriz de transporte, como forma de promover a sustentabilidade e
mitigação dos efeitos climáticos. |
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