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Será que as políticas públicas de saúde e educação atuais são suficientes para promover a inclusão de indivíduos que convivem com o sofrimento psíquico? Neste artigo, apresentamos o desenvolvimento da Oficina de Integração Mexendo a Cuca: Saúde Mental, Gastronomia, Matemática e Cidadania, resultante de um projeto de intervenção realizado com sujeitos da Turma de Alfabetização II da Educação de Jovens e Adultos, mantida pelos Serviços Organizados de Inclusão Social, no município de Joinville-SC. O projeto de intervenção, realizado em quatro semanas no mês de março de 2015, envolveu, em parceria entre os estudantes atendidos pelo SOIS, professora, terapeuta ocupacional e pesquisador, a seleção de uma receita culinária, sua redação, confecção de lista de compras, compra de ingredientes, preparo e partilha do prato
pronto. Durante a preparação dos alimentos, os alunos foram divididos em dois grupos, respeitando suas habilidades e limitações. Em todas as etapas do processo, os integrantes da turma foram estimulados a pensar sobre o uso racional dos recursos financeiros, de acordo com o que preconizam os conceitos da Educação Matemática Crítica (SKOVSMOSE, 2007 apud CHIARELLO, 2014). A análise considerou que, de acordo com Freire (1987), a superação da condição de opressor e oprimido dentro das esferas de trabalho, educação e saúde pressupõe liberdade para criar e construir, para admirar e aventurar-se. Conclui-se que as aulas permeadas pelas oficinas de integração contribuem para a superação da condição de “doente”, estimulando a
aprendizagem, evidenciando pistas do que se espera das políticas públicas de saúde e educação, na construção da cidadania para todas as pessoas. |
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