Resumo:
Na área de usinagem por fresamento existem diversos fatores que influenciam no acabamento superficial da peça e no desgaste da ferramenta, dentre eles, a velocidade de avanço, a profundidade de corte, a velocidade de corte, o sentido de corte, o material utilizado e o tipo de ferramenta utilizada. Além destes parâmetros, em diversas situações, processos anteriores ao fresamento como o corte a plasma e o tratamento térmico de normalização também podem impactar diretamente a qualidade do acabamento superficial da peça, assim como, aumentar ou diminuir a vida útil da ferramenta. O corte a plasma é executado e m elevadas temperaturas com resfriamento rápido, ocasionando o endurecimento na região do corte. A normalização normalmente é recomendada para casos onde se necessita melhores condições de usinabilidade e é indicada para aços que possuem teores de carbono, em peso, superiores a 0,20% na sua composição, abaixo disso não é possível identificar vantagens na sua aplicação.Diversas indústrias do ramo metalmecânico produzem peças em aço ABNT 1045 utilizando os processos de corte a plasma, normalização e fresamento. Sabendo que este aço apresenta 0,45%do seu peso de carbono em sua composição, este trabalho tem como objetivo principal verificar a necessidade de aplicação do processo de normalização para tornar possível o fresamento de uma superfície que passou pelo corte a plasma. Para que isso seja possível, foi comparado a rugosidade (Ra) dos corpos de prova,o desgaste de flanco (Vb) dos insertos de corte utilizadas no fresamento e os custos empregados no ensaio.A comparação foi executada entre corpos de prova cortados a plasma e fresados e corpos de prova cortados a plasma, normalizados e fresados. Após o estudo, o fresamento sem a normalização apresentou o menor custo total empregado e o alcance de baixos valores de rugosidade média, desta forma pode-se concluir que a normalização não é necessária para tornar possível o fresamento de superfícies cortadas a plasma em aço ABNT 1045.