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O programa Future-se é um projeto lançado em julho de 2019 pelo Ministério da Educação, que objetiva promover a autonomia financeira das Universidades e Institutos
Federais do país, por meio da criação de um fundo privado para financiamento e a inserção de Organizações Sociais (OSs) na gestão administrativa, financeira e de inovação. A primeira versão do projeto ficou disponível em julho de 2019 e foi reformulada em outubro do mesmo ano. Devido à grande repercussão e sua relevância no âmbito educacional, buscou-se, através deste estudo, analisar como a linguagem é mobilizada para construir representações de universidade e instituto federal no projeto. As reflexões trazidas neste trabalho foram mobilizadas a partir de concepções trazidas pela Análise Crítica do Discurso, de Fairclough (2016) e pela Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1994) e Halliday e Matthiessen (2004). O desenvolvimento se deu pela descrição das variáveis contextuais (campo, relações e modo) do texto selecionado, a organização macroestrutural do texto, identificação das ocorrências linguísticas associadas aos participantes mais presentes - universidade e instituto federal - pelo sistema de Transitividade. Os resultados indicaram três representações: aparência de autonomia para as instituições públicas; incentivo à produtividade (conhecimento como
produto) e afastamento de responsabilidades do Ministério da Educação. Logo, a interpretação dos dados sugere estratégias de dominação das elites conservadoras e o estudo de discursos, em uma perspectiva crítica, é uma forma de conhecer e se colocar uma contrapalavra ao discurso neoliberal hegemônico. |
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