Resumo:
Na atualidade, as questões ambientais e a gestão referente à zona costeira têm encontrado grande espaço nas discussões sobre os recursos naturais, com a perspectiva de incentivar o uso sustentável dos recursos provenientes desse ambiente. É notório que atividades empreendidas nas atividades de turismo (como parques aquáticos, mergulho, passeios de barco) e o setor imobiliário, entre outras atividades, causam impactos ao
ambiente costeiro. É importante avaliá-los e propor ações de mitigação, pela implantação de políticas de conservação/proteção desse ambiente. Entendendo que essas mesmas atividades podem funcionar como um meio de disseminação do processo de educação ambiental, verificamos que há iniciativas de sua promoção no ambiente costeiro. Nessa
linha, a Foundation for Environmental Education (FFE), desenvolveu um programa de certificação internacional chamado Bandeira Azul, aplicável às praias, marinas e operadores de embarcações de turismo. Conforme as diretrizes do programa, as autoridades locais e os gestores de praia são desafiados a alcançar altos padrões de qualidade em quatro temas: qualidade da água, gestão ambiental, educação ambiental e segurança. No Brasil, o Bandeira Azul é representado pelo Instituto Ambientes em Rede (IAR), membro da FEE desde 2005. O presente trabalho apresenta resultados de uma pesquisa que contou com visitas às praias, entrevistas com usuários e levantamento de dados em sites oficiais, com o objetivo de propor uma metodologia de modelagem para avaliar a qualidade das praias, e indicar um ranking das praias da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), baseado nos critérios do programa Bandeira Azul. Os resultados desta pesquisa poderão ser utilizados, por gestores, turistas e moradores. A pesquisa atingiu seu objetivo, se mostrando eficaz, pois através da metodologia proposta foi possível demonstrar o nível de aderência das praias de Florianópolis ao programa “Bandeira
Azul”, no ranking elaborado e disponibilizado através de um catálogo (site).