Resumo:
O objetivo deste trabalho é analisar cientificamente a realidade encontrada no 
chão  de  fábrica  de  uma  empresa  que  produz  máquinas  industriais  pesadas, 
comparando  aos  requisitos  normativos  internacionais  solicitados  em  projetos  na 
soldagem  manual  com  processo  MAG,  do  aço  ASTM  A572.  A  norma  AWS  D1.1 
(2010) recomenda que na soldagem deste aço entre outros, de espessura entre 38 
mm  e  65  mm  seja  realizado  o  preaquecimento  da  região  em  torno  da  junta  a  ser 
soldada.  Dessa  forma  será  então  analisada  influência  da  temperatura  de 
preaquecimento  na  resistência  mecânica  e  ductilidade  da  junta  soldada.  Foram 
soldadas  duas  chapas  de  espessura  63  mm  em  condições  diferentes  de 
preaquecimento, uma delas preaquecida a temperatura mínima de 65ºC mantendo a 
mesma  taxa  de  preaquecimento  entre  passes  e  outra  foi  soldada  em  temperatura 
ambiente,  sem  realizar  o  preaquecimento,  deixando  a  peça  resfriar  a  temperatura 
ambiente no final de cada passe de solda. O aporte térmico utilizado foi em torno de 
1600J/mm, valor médio para uma soldagem manual de chapa grossa em modo de 
transferência  spray,  comumente  utilizado  na  indústria  com  o  processo  MAG.  Na 
análise foram considerados os valores de resistência à tração, limite de escoamento, 
ductilidade  ao  dobramento  a  180º,  análise  macroestrutural  da  seção  soldada  e 
dureza  da  zona  termicamente  afetada.  Os  resultados  dos  ensaios  mecânicos  e 
metalográficos  atenderam  aos  critérios  de  aceitação  da  norma AWS  D1.1  (2010), 
com valores de resistência à tração e limite de escoamento superiores ao do metal 
de base. O dobramento dos corpos de prova a 180º mostraram-se satisfatórios por 
mais  que  algumas  descontinuidades  foram  observadas,  podendo  também  ser 
considerados satisfatórios de acordo com os critérios de aceitação da norma AWS 
D1.1  (2010).  A  análise  macrográfica  da  seção  transversal  à  solda  também  não 
apresentou defeitos que pudessem reprovar o ensaio.  Com  base  na  análise  dos  resultados  obtidos  foi  possível  concluir  que  o  não 
preaquecimento da chapa de espessura 63 mm a uma temperatura de 65ºC antes 
da soldagem pode não influenciar as características de resistência e ductilidade da 
união soldada.