Resumo:
Na medicina nuclear são utilizadas fontes radioativas não seladas, o que pode resultar
em maior exposição e contaminação de IOEs. O uso de VPR pelos profissionais da
MN têm sido questionados, uma vez que a interação dos fótons com a composição
dos aventais pode causar radiação de freamento ou efeito fotoelétrico.
Comprometendo a proteção radiológica do IOE. Nesse contexto, o objetivo é analisar
a eficiência das blindagens, avaliando a interação da radiação com a composição dos
aventais de chumbo. Dessa forma respondendo a seguinte questão de pesquisa: “As
VPRs utilizadas pelos IOEs em MN são eficientes em relação à energia dos
radionuclídeos utilizados no SMN?” Para isto, se avaliou um avental de chumbo
disponível em um SMN do sul do Brasil. Tendo como tipo de pesquisa investigativa
experimental de análise quantitativa, em que também obteve-se simulações
computacionais com método Monte Carlo por meio do software MCNP6. Os testes
experimentais foram realizados com fontes, avental e detectores. Os RNs
selecionados como fontes foram: 131I, 99mTc e FDG18F. Observou-se aumento de
captação nos valores de energia para radiação espalhada, em torno de 80 a 100 keV,
com todos os radioisótopos e distâncias. Não obteve-se resultados tão eficientes para
131I e FDG18F, visto que são RN com energias maiores, notando-se então maior
radiação espalhada ao uso do avental. Visto nos testes experimentais e simulações,
o avental consegue barrar fótons de baixa energia, porém para fótons de alta energia
(como maiores que 140 keV) se torna menos eficiente. Ocorre o aumento de
contagens na região antes do fotopico de cada RN, demonstrando a radiação
espalhada. A diferença de dose equivalente foi menor com o teste com FDG18F,
comprovando que energias maiores a blindagem torna-se ineficaz.