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Esta dissertação teve como objetivo compreender a relação entre estilos de liderança, conflito intragrupal no trabalho (CIT) e bem-estar no trabalho (BET) na percepção dos servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC). A compreensão destas relações no setor público possibilitará o desenvolvimento de políticas e práticas adequadas de promoção de bem-estar no trabalho, de forma a diminuir o CIT por meio de atitudes das lideranças. O estudo teve a teoria de Campo de Kurt Lewin como lente e está inserido na corrente funcionalista do comportamento organizacional. Para uma análise quantitativa e descritiva, o método escolhido foi Survey, através de instrumentos de coleta já validados. O questionário foi composto por perguntas fechadas com utilização de uma escala do tipo Likert com sete pontos. A população alvo consistiu em todos os servidores dos campi Caçador, Florianópolis, Gaspar, Itajaí, Jaraguá do Sul - Centro, Joinville e Xanxerê do IFSC, com amostra não probabilística. Através de estatística descritiva, bi e multivariada, comprovou-se correlação e covariância positiva e significativa entre CIT e liderança laissez-faire e entre CIT e afetos negativos. Observou-se que CIT apresenta correlação e covariância negativa com vários constructos: liderança transformacional, liderança transacional, afetos positivos e realização. Já os estilos de liderança transformacional e transacional apresentaram correlação e covariância positiva com afetos positivos e realização;
e negativa com afetos negativos. Por fim, a liderança laissez-faire se correlacionou e covariou positivamente com afetos negativos e negativamente com afetos positivos e realização.
Teoricamente, os resultados contribuem para evolução dos estudos no campo do
comportamento individual e de grupos, especialmente por meio da relação entre três
constructos de teorias diferentes. Empiricamente, apresentam-se sugestões voltadas para a
revisão da política de competências no setor público. Também são apresentadas sugestões
para práticas de gestão de pessoas: desenvolvimento de habilidades transacionais e
transformacionais em lideranças, alternativas para melhorar conflitos por meio de técnicas de
intervenção assertiva por parte dos líderes ou atuação de mediadores, bem como programas e
práticas para promoção do bem-estar e saúde mental dos servidores. |
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