Resumo:
No mercado, há atualmente poucas opções de ferramentas de corte especificas para
usinagem de polímeros em comparação à grande quantidade de ferramentas
desenvolvidas para aço. As diferenças entre as ferramentas de corte para polímeros
e aços, não está somente na variedade, mas também no custo, onde o para
polímeros chega a ser 17% maior. A grande dificuldade em se usinar um polímero, é
quanto ao controle na formação do cavaco e ao acabamento superficial ruim que se
obtém na peça. Neste trabalho, foram realizados ensaios de torneamento na
poliamida tipo 6, com duas classes de ferramentas de metal duro distintas, uma
especifica para polímeros (KX) e outra especifica para aço (TP2501), com a
finalidade de identificar a ferramenta e o parâmetro de corte que proporcione a
melhor formação do cavaco e melhor acabamento superficial possível, e também
identificar se o custo pago a mais pela ferramenta recomendada para polímeros vale
o investimento. O critério de comparação foi, para a formação do cavaco, se o
parâmetro de corte e ferramenta, lançou o cavaco para longe do corpo de prova,
ferramenta e máquina, sem que ele interferisse na operação. Para o acabamento foi
feita a medição da rugosidade, porque quanto menor a rugosidade melhor será o
acabamento superficial da peça, e esses valores de rugosidade foram usados na
análise da viabilidade da ferramenta determinando o quanto superior é o
acabamento deixado com a ferramenta recomendada para polímeros. A classe de
ferramenta que obteve melhores resultados foi a da classe KX, e o parâmetro de
corte que obteve melhor resultado foi o com velocidade de corte superficial de 500
m/min, avanço de 0,35 mm/rev e profundidade de corte de 3 mm. Ambos
proporcionaram uma boa formação para o cavaco que mesmo sendo em forma de
fita não interferiu na operação, e um bom acabamento superficial. O acabamento
deixado pela ferramenta da classe KX chega a ser 80% melhor que o da classe
TP2501 enquanto o seu custo é só 17% maior.