Resumo:
A escola deveria ser por excelência o lugar de formação de leitores e produtores de textos, mas ao analisar o desempenho dos alunos nesses dois quesitos percebe-se o quanto ela está longe dessa realidade. A afirmação de que a escola não estimula a formação leitora já é uma constatação cada vez mais de domínio comum. As práticas de leitura que acontecem na escola, geralmente são convertidas em momentos de treino, avaliação ou para preencher as conhecidas fichas de leitura, isso torna essa
atividade sem gosto, sem prazer e não contribui em nada para que os alunos gostem de ler. Nesse sentido é necessário repensar e ressignificar as práticas pedagógicas estimulando a leitura de fruição, ou seja, a leitura que é feita sem cobrança de resultados posteriores. Esse artigo objetiva analisar os dados obtidos através de uma entrevista feita aos alunos e a professora para averiguar como estão sendo desenvolvidas as práticas de leitura, e de que forma a leitura de fruição integra as aulas de Português do 9º. ano do Núcleo Avançado de Ensino Supletivo de Palma Sola (NAES). Depois de analisados os dados e com base nos estudos de Antunes (2003), Fernandes (2015), Lajolo (1994,1998), Silva (2009), entre outros autores, este estudo se propõe apresentar reflexões sobre como as práticas de leitura são conduzidas no ambiente escolar e se a leitura de fruição faz parte dessas práticas.