Resumo:
O tiro ao alvo é um esporte que requer muita técnica e concentração por parte do 
atirador e equipamentos de qualidade que permitam a ele obter bons resultados. No 
Brasil, este esporte foi introduzido com a chegada dos imigrantes europeus que se 
instalaram principalmente na região sul do país. Até os dias atuais, o tiro esportivo 
ainda é uma herança cultural muito forte presente principalmente nos clubes de tiro, 
que  realizam  disputas  para  conhecer  o  “rei  do  tiro”.  Essas  disputas  geralmente 
acontecem  na  modalidade  de  tiro  conhecida  como  carabina  ar  Seta.  Esta 
modalidade vem atraindo novos adeptos principalmente pela criação do campeonato 
estadual  da  categoria  e  pela  inclusão  da  modalidade  nos  Jogos Abertos  de  Santa 
Catarina. Os projéteis desta modalidade são reutilizáveis. Quando são danificados, 
eles precisam  ser  substituídos  e quando  substituídos, os  projéteis  geralmente  não 
apresentam a mesma precisão. Então fica a pergunta: Como produzir projéteis que 
garantam  a  precisão  dos  tiros?  Para  ajudar  a  melhorar  os  resultados  do  tiro, 
realizou-se  um  estudo  de  desenvolvimento  de  projéteis  para  tiro  esportivo  - 
modalidade  carabina  ar  seta,  comparando  diferentes  processos  de  fabricação.  Os 
corpos  de  prova  foram  fabricados  com  aço  inoxidável  AISI  304  utilizando  quatro 
processos  de  usinagem  diferentes.  Estes  foram  submetidos  à  medição  do  maior 
diâmetro do corpo, análise das tolerâncias geométricas, aos testes práticos de tiro e 
com os resultados foi realizada a análise de variância. Os resultados de medição do 
diâmetro  mostraram  que  é  possível  fabricar  projéteis  nas  medidas  desejáveis 
independentemente  do  processo  utilizado.  Durante  a  análise  das  características 
geométricas,  os  resultados  apresentaram  variações  quando  comparados  os 
processos  de  fabricação  utilizados.  Nos  testes  práticos  de  tiro,  o  resultado  das 
distâncias  obtidas  em  relação  ao  centro  do  alvo  demonstrou  pequenas  diferenças 
entre os processos analisados. Quando estas distâncias foram submetidas à análise 
de  variância  com  um  índice  de  confiança  de  95%,  pode-se  observar  que  não  há 
diferença significativa entre os processos utilizados, nem  entre os corpos de prova 
produzidos.  Quando  os  resultados  foram  avaliados  na  ótica  do  tiro  ao  alvo,  foi 
possível  identificar  os  projéteis  que  apresentaram  condições  de  melhorar  a 
pontuação do competidor. De maneira geral, os projéteis que foram produzidos com 
as melhores tolerâncias geométricas produziram melhores resultados de tiro.  Pode-
se concluir que é possível fabricar projéteis com resultados de tiro satisfatórios em 
qualquer processo analisado.