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A utilização de herbicidas isolados não tem se mostrado eficiente no controle do capim-amargoso (Digitaria insularis). Em áreas com sistema de plantio direto, em que se utiliza intensamente glifosato, a pressão de seleção de biótipos resistentes tem aumentado. Objetivou-se com este estudo avaliar e validar bioensaio para identificação de capim-amargoso resistente ao glifosato e a eficiência de misturas de diferentes moléculas herbicidas pós-emergentes no seu controle na cultura da soja. Foram realizados três estudos distintos e interconectados. No Estudo I realizou-se um bioensaio laboratorial em placa de Petri para determinação da resistência, utilizando-se sementes de D. insularis em papel embebido com solução de glifosato a 1% e.a., comparadas com um controle sem glifosato. Para isso, amostras de biótipos de D. insularis com rebrote após a aplicação de glifosato foram coletadas em lavouras de soja RR. Para confirmação do bioensaio executou-se o Estudo II, conduzido em casa de vegetação com exemplares das sementes remanescentes do estudo anterior. Os biótipos foram semeados em vasos de 300 mL e conduzidos até altura média de 9,12 cm. Neste estudo, os tratamentos foram constituídos por três doses de glifosato (0, 1.080 e 2.000 g e.a. ha-1). O Estudo III consistiu em duas etapas, primeiramente, em laboratório, usando-se o mesmo método do Estudo I, selecionou-se possíveis campos experimentais, a partir deste resultado foi possível estabelecer um campo com biótipos comprovadamente resistentes. Testaram-se as doses máximas de glifosato recomendada pelo fabricante (1.080 g e.a. ha-1), glufosinato (600 g i.a. ha-1), cletodim (240 g i.a. ha-1) e haloxifope (60 g i.a. ha-1) de forma individual ou combinadas e um controle sem herbicidas. Os tratamentos foram aplicados em três repetições com parcelas de 4 m2 onde foram selecionadas 10 plantas entouceiradas. O percentual de controle e rebrote foi avaliado aos 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49 e 56 dias após a aplicação. A partir dos 35 dias foram realizadas as análises: morfológica, compatibilidade, custo e uma caracterização qualitativa dos tratamentos. Constatou-se que a germinação de sementes de capim-amargoso pelo método do bioensaio na concentração de glifosato a 1% e.a. ha-1 pode ser utilizada com sucesso na determinação de biótipos resistentes a este herbicida. Plantas de biótipos classificados por esta técnica como resistentes, testadas em vaso, resistiram a aplicação da dose recomendada de glifosato, validando o método laboratorial. A utilização de misturas de ingredientes ativos obteve excelentes resultados no controle de capim-amargoso resistente ao glifosato. |
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