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Os meliponíneos são abelhas nativas do território brasileiro. O resgate e preservação passou a constituir uma atividade econômica importante para os produtores, seja por meio da comercialização do mel, dos benefícios da polinização de culturas comerciais ou da venda de colônias formadas pela multiplicação racional. Assim, objetivou-se com este trabalho fazer um estudo da produção de meliponíneos no Oeste de Santa Catarina, inventariando quais são as espécies mais trabalhadas, os objetivos da criação e caracterizar os manejos adotados. A metodologia incluiu a realização de entrevistas guiadas por questionário previamente formulado, sendo entrevistados meliponicultores residentes nos municípios de São Miguel do Oeste e Guaraciaba. A seleção dos entrevistados buscou contemplar os que trabalham com várias espécies de meliponíneos e possuem amplo conhecimento na área. Entre as espécies mais trabalhadas, com potencial produtivo de mel, foram indicadas a mandaçaia (Melipona quadrifasciata), a jataí (Tetragonisca angustula), a manduri (Melipona obscurior) e a Mandaguari (Scaptotrigona bipunctata). Os relatos apontam para um grande número de colmeias dessas espécies na região devido, principalmente, à facilidade de manejo e boa produção de mel, as quais agrega-se a característica de serem ótimas polinizadoras. O mel dessas abelhas é bastante saboroso e aromático, com características específicas em cada espécie. A identificação das espécies mais trabalhadas na região registra a consolidação de um conhecimento tradicional para os manejos peculiares de cada uma delas, a qual mobiliza redes de troca de saberes. De forma preliminar, conclui-se sobre a necessidade de estudos específicos para avaliar potencial de criação comercial desses meliponíneos, podendo constituir-se em fonte de rendas alternativas (comercialização de enxames, mel e outros produto), que se somam à polinização e à criação como hobby. |
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