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O trabalho se propõe a estabelecer o espaço fabril como lugar possível de formação contínua do trabalhador na modalidade EJA profissionalizante. O interesse por este estudo surgiu durante o curso de pós-graduação PROEJA-FIC, quando, na mesma época, o IF-SC, Campus Araranguá dava início à implementação desta modalidade em parceria com a prefeitura municipal. Ao percebermos o grau de interesse do trabalhador pela sua formação, um dos fatores que chama a atenção é o tempo, seja
aquele em que o trabalhador emprega a sua mão-de-obra, ou o tempo disponível fora do trabalho, quando retorna à sua vida social. Reside aí, segundo a pesquisa, no uso do tempo de trabalho no processo fabril e no tempo social, um confronto, fator importante na ruptura do interesse pela formação do trabalhador. Considerando-se ainda o custo operacional do tempo no interesse do empregador,
temos aí um problema: como garantir ao trabalhador o tempo e o espaço físico necessários à sua formação inseridos no tempo da carga horária produtiva? Trata-se de formação para inclusão e acesso à dignidade e à cidadania. Trata-se, da mesma forma, de produção, sustentabilidade, viabilidade e lucro. |
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