Resumo:
O beneficiamento do café arábica (Coffea arabica L.) pode ser realizado pela via úmida ou seca, sendo que as distintas produzem uma grande quantidade de resíduos. Na via úmida os principais são a casca e polpa, os quais representam 45 % do grão in natura. Estes possuem uma composição bem variada, ressaltando o alto teor mineral e de compostos fenólicos, porém seu principal destino é para nutrição animal e cobertura de solos. Por isso, o objetivo do trabalho será avaliar o teor de compostos fenólicos e a atividade antioxidante em cascas e polpa desidratadas por diferentes processos de secagem, visando efetuar um melhor aproveitamento do resíduo. As cascas e polpa de café foram caracterizadas quanto a sua composição química por análises físico-químicas, e secas/desidratadas naturalmente, em estufa e liofilizadas, em sequência foi avaliado o conteúdo de compostos fenólicos totais, por Folin e a atividade antioxidante por DPPH., ABTS+ e FRAP, sendo que a partir dos resultados otimizou-se o método e a solução extratora, além do melhor método de sacagem/desidratação. O melhor procedimento de extração foi shaker a 120 rpm por 45 min, com ultrassom por 15 min e a solução extratora foi a combinação acetona:água ultrapura na proporção de 0,43:0,57 (v/v). Enquanto que para os métodos de secagem/desidratação foi a liofilização, que conteve uma reposta de 11,97 mg EAG g-1 para fenólicos e uma faixa de antioxidante que variou de 104,72 a 19,21 μmol ET g-1 , para os diferentes métodos. Com isso, conclui-se que estes resíduos da indústria cafeeira apresentam um alto potencial para extração de fenólicos, e sua possível aplicação em alimentos e fármacos, explorando seu potencial antioxidante.