Resumo:
A utilização de plantas de cobertura de solo é um excelente aliado do produtor rural na proteção do solo contra o processo erosivo, supressão de plantas daninhas e ciclagem de nutrientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar indicadores de eficiência das plantas de cobertura de inverno no controle de plantas daninhas na cultura da soja manejada com e sem aplicação de herbicida em pós-emergência. Foram avaliados a produção de massa seca (resíduos vegetais) das plantas de cobertura do solo antes da semeadura da soja, quantidade de massa seca das plantas daninhas aos 30 e 120 dias após a emergência (DAE) da soja, produtividade da soja e a viabilidade econômica. O experimento foi conduzido no município de Iraceminha/SC, em um Nitossolo Vermelho. O delineamento experimental foi blocos casualizados, em esquema bifatorial em parcelas subdivididas com quatro repetições. O fator A foi composto por seis manejos de cobertura de solo, sendo eles: PO: Pousio; AP: Aveia preta; NF: Nabo forrageiro; CE: Centeio; NFAP: Nabo forrageiro + aveia preta; NFCE: Nabo forrageiro + centeio. O fator B foi composto por dois manejos de plantas daninhas na cultura da soja, sendo eles: MSH: Manejo sem herbicida e MCH: Manejo com herbicida, onde foi aplicado herbicida para controle das plantas daninhas aos 35 DAE da soja. Os resultados mostraram que os tratamentos com plantas de cobertura produziram maior quantidade de massa seca das plantas de cobertura, quando comparados com o tratamento PO. A produtividade da soja foi maior nos manejos com a utilização de herbicida, quando comparados com os manejos sem a utilização de herbicida. No fator sem aplicação de herbicidas os tratamentos AP e SE obtiveram as maiores médias de produção de grãos de soja quando comparados aos demais tratamentos, constatando assim, a maior eficiência dessas plantas de cobertura no controle de plantas daninhas na cultura da soja. A utilização de herbicida associado ao cultivo de plantas de cobertura mostrou-se mais eficiente no controle de plantas daninhas.