Resumo:
A produção de cachaça constitui-se como um dos setores agroindustriais com maior crescimento, atualmente existe mais de 30 mil produtores de cachaça por todo o país. Define-se como cachaça a aguardente de cana-de-açúcar produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38-48% em volume, a 20 °C. A Instrução Normativa n° 13/2005 estabelece os padrões de identidade e qualidade de cachaça e um desses padrões está relacionado com a presença de cobre, que estabelece o limite máximo de 5 mg/L. Neste contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o teor de cobre presente nas cachaças comercializadas na região Oeste de Santa Catarina. Foram coletadas 08 amostras de diferentes marcas, e posteriormente realizadas análises quanto aos parâmetros de % de etanol, acidez média (mg ácido acético/100 mL álcool anidro), pH, resíduo de evaporação, condutividade e a determinação do cobre na cachaça. Das cachaças analisadas, somente uma apresentou a graduação alcoólica acima do que estabelece a legislação, podendo ser considerada como aguardente e não cachaça. Todas as amostras apresentaram acidez média em conformidade com a legislação, quanto à condutividade e resíduo de evaporação houve uma variação nos resultados, somente uma amostra diferiu de todas as outras. A determinação do cobre foi realizada pelo método instrumental de espectrofotômetro UV-vis, utilizando-se o corante índigo carmim nas amostras. Entre as amostras analisadas apenas uma apresentou resultado acima do limite estabelecido pela legislação vigente, representando cerca de 25% das amostras analisadas.