Práticas de leitura de alunos da EJA em privação de liberdade do presídio regional de Araranguá-SC

Abstract

A EJA é uma modalidade de educação voltada para jovens e adultos que não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria. O PROEJA visa oferecer oportunidades educacionais que integrem a educação básica a uma formação profissional para jovens e adultos. A prática de leitura para os educandos da EJA é de suma importância uma vez que irá desenvolver o senso crítico dos mesmos. O objetivo deste trabalho foi conhecer as práticas de leitura de alunos da EJA em situação de privação de liberdade do Presídio Municipal de Araranguá (SC), como subsídios para o esenvolvimento dessa atividade nas aulas dos cursos de PROEJA que ocorram nas mesmas condições. O trabalho foi desenvolvido através da aplicação de um questionário com 13 questões fechadas para 20 detentos do Presídio Regional de Araranguá - SC. A maioria dos educandos leem livros religiosos, com frequência de uma vez por semana, sendo que nos últimos seis meses a maioria leu quatro ou mais livros e quase todos se consideram bons leitores. 60% dos alunos acreditam que a leitura proporciona conhecimento, leem bula de remédio como leitura obrigatória e são incentivados pelos professores a ler. Eles entendem o contexto da leitura quase sempre e tem a sua prática de leitura prejudicada pelo barulho e ruídos. Pensando em ações futuras para o ensino da prática de leitura na EJA carcerária é necessário inteirar os educandos da importância do ato de ler e do processo histórico de construção de saberes que a leitura causa em suas vidas ampliando assim as suas possibilidades de conhecimento e satisfação.